Num momento de solidão escrevi esta letra, chamando por aquela que me tiraria desse estado. O nome mais oportuno para essa eventual pessoa seria chamá-la de Socorro. Interessante, que na minha vida, depois, Socorro realmente veio, mas para dar-me o amor de sua filha, a quem esposei e tanto amo.
SOCORRO
Me responda moço
Onde vive Socorro
E diga a ela para vir me ajudar
Me responda moço
Onde vive Socorro
Diga que sem ela não posso ficar
Favor lhe diga que ela habita os meus sonhos
E desse jeito não posso ficar
Que ela faça valer o seu nome
E não deixe um homem se desesperar
E diga que meu coração tá doendo
Devagar tá batendo e ameaça parar
Pois faça Socorro valer o seu nome
E ajude um homem a se recuperar
(Ribamar Lopes. Campina Grande 1994)
Um comentário:
Ei, não sei se você conhece uma música muito bonita que também se chama "Socorro" e salvo engano a letra é de Alice Ruiz, e já foi cantada por Arnaldo Antunes e também por Cássia Eller. A letra é desconcertante, porque não fala propriamente de tristeza; é assim uma desilusão, uma falta de sentimento...bem, só lendo (ou ouvindo) pra sentir o drama:
"Socorro, eu não estou sentindo nada.
Nem medo, nem calor, nem fogo,
Não vai dar mais pra chorar
Nem pra rir.
Socorro, alguma alma, mesmo que penada,
Me empreste suas penas.
Já não sinto amor nem dor,
Já não sinto nada.
Socorro, alguém me dê um coração,
Que esse já não bate nem apanha.
Por favor, uma emoção pequena,
Qualquer coisa que se sinta,
Tem tantos sentimentos,
Deve ter algum que sirva.
Socorro, alguma rua que me dê sentido,
Em qualquer cruzamento,
Acostamento, encruzilhada,
Socorro, eu já não sinto nada."
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