sábado, 26 de abril de 2008

Onde você estava antes de nascer?

Belíssima abordagem acerca da visão do nascimento e morte, feita pelo Ven. Thich Nhat Hanh, Monge Vietnamita Zen Budista, que eu gostaria de Compartilhar com todos. Neste ele fala da impermanência, da inexistência de um eu separado e da interrelação entre todas as coisas. Vale a pena conferir no endereço: http://www.viverconsciente.com/textos/onde_estava_antes_nascer.htm

Grande abraço a todos e boa leitura.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

CAIXA D'ALMA

Em Campina Grande, há uma caixa d’água, de onde, à noite dá pra se ver toda a cidade, representada somente por suas luzes, sem contar o seu pôr-do-sol que faz o local bastante inspirador. Daí onde surgiu a letra de música abaixo.

CAIXA D’ALMA

Porto crepuscular, tu és a porta do meu prazer
Vivo a te procurar
Tu é saber
Serviste para inspirar
Muitos amores da minha vida
Lugar onde o Sol escolheu para morar

Tu vives em um lugar
Que é dos mais belos da Paraíba
No alto da já tão alta
Grande Campina

Oásis de um centro urbano
Teu ar é feito de amor e prazer
Não sabe o que é viver Campina
Quem não te viver

Depois que o alaranjado sol
Já tão cansado quiser repousar
Dá espaço para a alva lua
O seu farol
Lá embaixo as luzes dos postes
Todas se acendem como em procissão
Como que pelos seus mistérios
Cada uma fizesse uma oração

E sua noite mais que qualquer noite
É tão feminina
É a noite lá na caixa d’alma
Caixa dos sonhos
Caixa de prazer
Se é noite e está em Campina
Tens que conhecer
(Ribamar Lopes Campina Grande/PB 24.10.1997)

terça-feira, 22 de abril de 2008

SOCIEDADE ESSÊNCIA DA VIDA

Tinha vontade de participar de um grupo mais substancial quando escrevi essa letra de música. Hoje participo de uma Sangha.

SOCIEDADE ESSÊNCIA DA VIDA

Vou escrever numa agenda os meus sonhos
E listando um a um eu os ponho
Para eu poder realizar

Quero viver de um jeito diferente
Vou me unir a um grupo que tente
A sua vida aproveitar

Quero que entre nós haja cumplicidade
E com eles falar de verdades
Que o mundo precisa escutar

Juntos vamos sugar a essência da vida
E com nossas vontades unidas
Mais amigos vamos conquistar

A sociedade será reunida
Com o nome “Essência da Vida”
Nossos sonhos vamos desfrutar

Ler poesias das mais variadas
Quer elas sejam para as nossas amadas
Ou p’ros sonhos poder partilhar

Pra viver no amor
tem que buscar a real essência da vida
Não há sentido viver sem amar
(Ribamar Lopes. Natal, 08.10.1993)

AMOR DE INFÂNCIA

Foi uma modinha que eu compus em fase romântica pela qual passei.


AMOR DE INFÂCIA

Ainda me lembro da data daquele dia,
Em que eu estava na calçada e por mim você passou.
Por ti meus olhos teve logo um prendimento
E a partir desse momento descobri o que é o amor

Daí pra frente o ritual se repetia
A mesma hora todo dia
A passear continuou
Lembro o momento que chequei a ti e disse:
“Se tu me deres um beijo em volta eu te dou uma flor”

Este romance me pegou despreparado
Eu fiquei apaixonado e você também ficou
Foi como a morte o dia da minha viagem
Você me dizendo: “fique!” e chorando me abraçou.

E este foi o pior dia da minha vida
Pois enquanto eu me viajava o sofrimento não cessou.
Mas felizmente hoje estou aqui de volta
Sou o mesmo apaixonado e agora sou “doutor”.

(Ribamar Lopes. Natal, 1993)

AMOR DE INFÂNCIA

Foi uma modinha que eu compus em fase romântica pela qual passei.

AMOR DE INFÂCIA

Ainda me lembro da data daquele dia,
Em que eu estava na calçada e por mim você passou.
Por ti meus olhos teve logo um prendimento
E a partir desse momento descobri o que é o amor

Daí pra frente o ritual se repetia
A mesma hora todo dia
A passear continuou
Lembro o momento que chequei a ti e disse:
“Se tu me deres um beijo em volta eu te dou uma flor”

Este romance me pegou despreparado
Eu fiquei apaixonado e você também ficou
Foi como a morte o dia da minha viagem
Você me dizendo: “fique!” e chorando me abraçou.

E este foi o pior dia da minha vida
Pois enquanto eu me viajava o sofrimento não cessou.
Mas felizmente hoje estou aqui de volta
Sou o mesmo apaixonado e agora sou “doutor”.

(Ribamar Lopes. Natal, 1993)

ESSE MUNDO NÃO É MEU

ESSE MUNDO NÃO É MEU

Ah! esse mundo não é meu
Não admito mais que joguem num mundo
Sem antes me consultar

Não é meu mundo,
um mundo em que todo mundo não pode ser verdadeiro.

Onde os amigos não podem ser tão amigos
Ou amigos por inteiro.

Não é meu lugar,
Um lugar em que os homens se pisam por um lugar.

Onde os homens matam os próprios homens
E seus direitos de sonhar.

(Ribamar Lopes. Natal, 1993)

PLANETA SONHO

Certo dia tive um sonho que muito parecia real. Imediatamente me levantei e escrevi a letra que já saiu pronta...

PLANETA SONHO

Senti o meu corpo transportado,
Até outro mundo viajei
Um mundo que tinha algo de mim
Se estive lá isso eu não sei

Resolvi curtir os seus espaços
Com ele me identifiquei
Lá o peso do corpo não existia
Em imaginação me transformei

Todos os caminhos eu percorria
Era o lugar que eu sempre sonhei
Um ser que dentro de mim vivia
No planeta sonho eu encontrei

Rosto com a beleza das estrelas
Olhos com brilho de mineral
Meu desejo em forma de pessoa
Mulher delírio num corpo real

Experiências nunca vivenciadas
Este mundo me ofereceu
Hoje eu cheguei a conclusão
Que este mundo quem criou fui eu
(Ribamar Lopes. Natal,1993)

SOCORRO

Num momento de solidão escrevi esta letra, chamando por aquela que me tiraria desse estado. O nome mais oportuno para essa eventual pessoa seria chamá-la de Socorro. Interessante, que na minha vida, depois, Socorro realmente veio, mas para dar-me o amor de sua filha, a quem esposei e tanto amo.

SOCORRO

Me responda moço
Onde vive Socorro
E diga a ela para vir me ajudar

Me responda moço
Onde vive Socorro
Diga que sem ela não posso ficar

Favor lhe diga que ela habita os meus sonhos
E desse jeito não posso ficar

Que ela faça valer o seu nome
E não deixe um homem se desesperar

E diga que meu coração tá doendo
Devagar tá batendo e ameaça parar

Pois faça Socorro valer o seu nome
E ajude um homem a se recuperar

(Ribamar Lopes. Campina Grande 1994)

ESPELHO AZUL

Essa letra que escrevi no ano de 1993, quando fazia involuntariamente caminhada para dar aulas particulares, encontra muita similitude com os efeitos buscados com a meditação caminhando.

ESPELHO AZUL

Sempre caminhando eu começo a pensar
Pois o azul imenso é que me faz inspirar
Coisas de mim mesmo ele faz refletir
Meus defeitos e virtudes começo a descobrir...

No azul, me levo a pensar...

Como num telão eu começo a assistir
Coisas da minha vida que vem a ressurgir
De um foco bem melhor posso avaliar
As minhas ações como posso aceitar

Olhando o azul, vou me avaliar

Algumas verdades chego a descobrir
E de bem comigo mesmo começo a me sentir
Como um aliado eu começo a me achar
A mente e o corpo passam a se confiar

Mirando o azul...posso me encontrar

Olhando o céu eu subo e desço
Vou até o sol e no céu desapareço
(Ribamar Lopes. Natal, 16.10.1993)

PÉ NA ESTRADA

PÉ NA ESTRADA

Veio uma idéia de meter o pé na estrada
Para o mundo de outra gente conhecer
Aí então eu saí em disparada
Buscando um mundo onde não haja sofrer

Fui com a calça e um blusão que eu vestia
Meu violão eu não podia esquecer
E um livro bom como os que eu sempre lia
Entitulado “A vida é feita pra viver”

Conheci terras de gente desamparada
Conheci outras onde não tinham o que comer
Continuei então assim com o pé na estrada
Pois não foi isso que eu vi atrás de ver

Imaginei eu então sair da vida
Pois nessa vida não se vive sem sofrer
A dor eu via em todos os cantos que eu ia
Por todo o mundo eu vi gente perecer

Mas eu passei a ver de outro modo a vida
Por estar vivo eu passei a agradecer
Eu sou feliz por ter metido saído pela estrada
E os problemas do meu mundo conhecer

Pois essa dor também me engrandecia
O que eu aprendi nunca mais vou esquecer
Vi gente mesmo quando o coração doía
Dizer que é alegre apenas por viver
(Ribamar Lopes. Campina Grande 1994-98)

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Tao Te Ching e Eu

Há uma letra de música que escrevi entre 1994 a 1998, não sei precisamente quando, mas reputo no mesmo espírito do Poema 20 do Tao Te Ching – O livro do sentido da vida, de Lao-Tsé; livro este que muito me identifico na atualidade, e que reputo como uma das mais importantes leituras que eu já fiz.

POEMA 20

“Renunciai à vossa pretensa cultura, e todos os problemas se resolvem.
Oh! Quão pequena parece a diferença entre o sim e o não!
Quão exíguo o critério entre o bem e o mal!
Como é tolo não respeitar o que merece ser respeitado de todos!
Ó solidão que me envolve todo!
Todo mundo vive em prazeres como se a vida fosse uma festa sem fim,
Como se todos sorrissem em perene primavera!
Somente eu estou só...
Somente eu não sei o que farei...
Sou como uma criança que desconhece o sorriso.
Sou como um foragido, sem pátria sem lar...
Todos vivem em abundância, somente eu não tenho nada...
Sou um ingênuo, um tolo...
É mesmo para desesperar...
Alegres e sorridentes andam os outros!
Deprimido e acabrunhado ando eu...
Circunspectos são eles, cheios de iniciativa!
Em mim, tudo jaz morto.
Inquieto, como as ondas do mar,
Assim ando eu pelo mundo...
A vida me lança de cá para lá, como se eu fosse uma folha seca...
A vida dos outros tem um sentido, eu não tenho uma razão de ser...
Somente a minha vida perece vazia e inútil;
Somente eu sou diferente de todos os outros –(...)
E no entanto – sossega meu coração!
Tu vive no sei da mãe do Universo.

(Tse, Lao. Tao Te Ching – O LIVRO QUE REVELA DEUS; Tradução Humberto Rohden, Martin Claret, São Paulo, 2006 pg. 63/64,)

PESSOA ESTRANHA

As vezes vejo dentro de mim uma pessoa estranha, que vive isolado e ninguém acompanha os seus pensamentos pra compartilhar.

É como se essa pessoa fosse diferente, estivesse com algo sempre descontente, sempre algo faltando pra se completar.

Parece até que é prazer viver de lamento, ficando parado olhando pro tempo, pensando o que foi que veio a faltar.

È como o trabalhador que trabalhar intenta, mas não tem em mãos toda ferramenta que é necessária para trabalhar.

Eu paro sempre que eu posso para olhar as vida, vejo bem melhor e bem mais sofrida, sou um mediano ora a reclamar.

Só que esses bem melhores e mais sofridos, cada um ao seu modo tem os seus amigos, que podem com eles se relacionar.

O que será que tem comigo que eu tanto penso? Pra que sou sensato se esse meu bom senso, impede de o mundo eu aproveitar?

Mas se só pode ser feliz na mediocridade, prefiro ficar com a minha verdade, pois na mediocridade não vou me alegrar.

José Ribamar Lopes (Campina Grande 1994/1998)