quinta-feira, 20 de dezembro de 2012


"Isso também vai passar..."


"Era uma vez um rei que administrava seu reino com extremo zelo e que para tanto contava com bons conselheiros e até mesmo com um sábio em sua corte, além de fiéis cavaleiros bem preparados para um combate inesperado.

Um dia o Rei pediu para que o sábio lhe desse uma proteção que pudesse usar e lhe trouxesse alento e sabedoria para governar... algo para deixar para seu herdeiro.

O sábio pediu que o rei mandasse confeccionar uma anel que pudesse guardar um pequeno papiro com apenas três palavras e lhe entregasse.

O rei pediu ao joalheiro que criasse tal jóia. Um anel com um pequeno compartimento, onde um pequeno pedaço de papiro pudesse ser armazenado. Como o compartimento era muito pequeno, qualquer coisa que se escrevesse naquele pequeno pedaço de papel não poderia ultrapassar as três palavras palavras.

Quando o anel ficou pronto o rei mandou chamar o sábio. O rei então pediu ao sábio que lhe desse as quatro palavras “mágicas” que lhe pudessem ser úteis num momento de extrema necessidade ou desespero e que trouxesse sabedoria para si e para seus herdeiros.

O sábio assentiu e pensou por um instante. Chovia há dias e o sábio disse ao rei que assim que a chuva passasse ele entregaria ao rei as quatro palavras já escritas no pequeno papiro tendo-o colocado no compartimento do anel da sorte do rei.

Dito isto, o rei concordou e entregou o anel ao sábio.

Passados dois dias e também as chuvas que irrompiam no reino há quase uma semana, o sábio devolveu o anel ao rei e disse:

- Majestade: abra o compartimento do anel somente num momento de extrema necessidade ou de grande júbilo.

O rei estranhou mas concordou e colocou o anel no dedo.

Passadas muitas semanas, o reino foi invadido por bárbaros e estes queriam a cabeça do rei para poderem tomar posse do reino. O rei percebeu que seu exército era muito mais fraco que o do inimigo e que fôra pego de surpresa. Era a ele que eles queriam. Pensou em fugir para evitar perdas desnecessárias de vida.

Sem alarde pediu a seu servo imediato que preparasse seu melhor cavalo e partiu sem rumo. Os bárbaros o perseguiam e o rei se sentia acuado e em desespero.

Foi então que o rei lembrou-se do anel. Abriu o compartimento e pegou o pequeno pedaço de papel onde estava escrito:

- ‘Isso vai passar.’

O rei tinha decidido poupar seus soldados, partiu para uma região vizinha a do seu reinado, quando próximo da fronteira foi avistado pelos guardas do reino vizinho. Que alarmados se armaram e frearam a perseguição. Porém atrás dos perseguidores os soldados de seu próprio exército corriam em socorro de seu rei. Cercados entre as fronteiras e sob ataque de dois exércitos os bárbaros foram dizimados.

Já seguro, o rei retornou ao povoado onde todos o aguardavam ansiosos, uma vez que não acreditavam que ele ainda pudesse estar vivo. Quando o viram retornar são e salvo, houve festa e exultação geral entre todos. O rei sentia-se orgulhoso de si mesmo e em êxtase por estar vivo e por ter retornado ao seu reino que permanecera intacto.

Neste momento, o rei recordou-se das palavras escritas no pequeno pedaço de papel contido no anel pelo sábio e o mandou chamar. Ele agradeceu o sábio pelas palavras escritas. O sábio pediu ao rei que lesse novamente o papel.

O rei questionou pois ele estava tão feliz, tão alegre, não havia motivo algum para desespero naquele momento e nenhuma vida de seu povo tinha sido perdida na batalha. O rei estava orgulhoso de si mesmo e alegre.

O sábio repete:

- Majestade: lhe peço que leia novamente o pequeno papel.

O rei olha com atenção ao semblante sério do sábio e abre o compartimento do anel e lê:

- Isso também vai passar..."

Extraído do blog:
http://arandoamentefertil.blogspot.com.br/

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Extraído do Grupo do Facebook Universo Zen

domingo, 15 de julho de 2012

"Fique em silêncio, cultive o seu próprio poder interno.
Respeite a vida de tudo o que existe no mundo.
Não force, manipule ou controle o próximo.
Converta-se no seu próprio Mestre e deixe os demais serem o que têm a capacidade de ser."

Texto Taoista
Extraído do Grupo do Facebook A voz do Silêncio

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Conselho para professores e estudantes de meditação



Generosamente disponibilizado por 

domingo, 27 de maio de 2012

A verdade absoluta



Quando curiosamente te perguntarem, buscando saber o que é Aquilo,
Não deves afirmar ou negar nada.
Pois o que quer que seja afirmado não é a verdade,
E o que quer que seja negado não é verdadeiro.
Como alguém poderá dizer com certeza o que
Aquilo possa ser
Enquanto por si mesmo não tiver compreendido plenamente o que É?
E, após tê-lo compreendido, que palavra deve ser enviada de uma Região
Onde a carruagem da palavra não encontra uma trilha por onde possa seguir?
Portanto, aos seus questionamentos oferece-lhes apenas o silêncio,
Silêncio - e um dedo apontando o Caminho.

Publicado originalmente no blog http://arteirosdarua.blogspot.com.br

domingo, 20 de maio de 2012

As Cinco Lembranças


"O Buda recomenda que recitemos as "Cinco Lembranças" todos os dias: 

1) Eu tenho a natureza daquilo que envelhece. Não há como escapar da velhice. 
2) Eu tenho a natureza daquilo que adoece. Não há como escapar da doença. 
3) Eu tenho a natureza daquilo que morre. Não há como escapar da morte. 
 4) Tudo o que me é caro e todoas as pessoas a quem eu amo têm a natureza daquilo que muda. Não há como não me separar delas. 
5) Minhas ações são meus únicos pertences verdadeiros. Não há como escapar das consequências de minhas ações. Minhas ações são o chão no qual eu piso. 

As Cinco Lembranças nos ajudam a lidar com nosso medo de envelhecer, de ficarmos doentes, de sermos abandonados e de morrer. Essas lembranças também funcionam como uma campainha da atenção plena, que nos ajuda a apreciar melhor as maravilhas disponíveis aqui e agora."

 Thich Nhat Hanh, em A essência dos Ensinamentos de Buda. Ed. Rocco.Rio de Janeiro, 2001.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Doutrina do Justo Meio (capítulo 1)

"Nada é tão visível quanto aquilo que está oculto.Nada é tão evidente quanto aquilo que mal se vê. Por isso, o cavalheiro é cuidadoso quando está sozinho." Extraído de nota ao livro A mente Liberta de Takuan Soho.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Não Morri Ainda

O Imperador perguntou ao Mestre Gudo:
"O que acontece com um homem iluminado após a morte?"
"Como eu poderia saber?", replicou Gudo.
"Porque o senhor é um mestre... não é?" respondeu o Imperador, um pouco surpreso.
"Sim Majestade," disse Gudo suavemente, "mas ainda não sou um mestre morto."

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Aproveite o momento

Um homem viajando em um campo encontrou um tigre. Ele correu, o tigre em seu encalço. Aproximando-se de um precipício, tomou as raízes expostas de uma vinha selvagem em suas mãos e pendurou-se precipitadamente abaixo, na beira do abismo. O tigre o farejava acima. Tremendo, o homem olhou para baixo e viu, no fundo do precipício, outro tigre a esperá-lo. Apenas a vinha o sustinha.
Mas ao olhar para a planta, viu dois ratos, um negro e outro branco, roendo aos poucos sua raiz. Neste momento seus olhos perceberam um belo morango vicejando perto. Segurando a vinha com uma mão, ele pegou o morango com a outra e o comeu. "Que delícia!", ele disse.

Conto de domínio Popular.