O Brasil se vê novamente as voltas com a dengue. Os telejornais apontam as mortes de crianças, quase que na sua maioria pobres. Mortes que doem-nos ao vê-las. Sonhos destruídos, esperanças estancadas, e nós do outro lado da tela, ao menos por enquanto, assombrando-nos com o espectro da doença que cresce e se aproxima. Somos pais, mães, irmãos e irmãs e sabemos o significado da perda de um ente.
Para o governo, de quem é a culpa? Da população que não contribui. Aquela população favelada, desinformada e suja, que tanto incomoda, e ainda por cima não se cuida... e o pior, se deixa morrer, só pra “queimar o filme” dos administradores. Deviam era botar camisas de manga comprida e calça, como fez César Maia, prefeito do Rio de Janeiro. Cadê que ele morre de dengue?
Neste momento, lembro-me do profeta gentileza, que preocupava-se com os outros, pregando a cordialidade, por meio de escritas debaixo dos viadutos do Rio de Janeiro. Me lembro de Buda, Jesus Cristo e São Francisco de Assis históricos, de Thich Nhat Ham – o Thay - que praticavam e neste último caso, pratica a compaixão engajada.
Lembro-me infelizmente, de Jean Jacques Rosseau, que teria dito a seguinte frase:
“A verdade não leva a fortuna, e o povo não dá embaixadas, nem cátedras nem pensões”
Oxalá a voz daqueles um dia soem mais forte, e amoleçam os corações dos que seguem a esse último, lembram-se daqueles serem humanos, mesmo sem ser em época de eleição.
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